O Retrato de Dorian Gray: beleza eterna, alma em ruínas
Introdução
Publicado em 1890, O Retrato de Dorian Gray é o único romance do célebre Oscar Wilde. A obra causou escândalo em sua época ao explorar com audácia temas como hedonismo, vaidade, decadência moral e homoerotismo velado. A história de um jovem cuja aparência permanece imaculada enquanto um retrato envelhece em seu lugar tornou-se um clássico sombrio e instigante da literatura ocidental.
Enredo
Dorian Gray, um jovem aristocrata londrino, tem sua beleza imortalizada numa pintura feita por Basil Hallward. Ao conhecer Lord Henry Wotton, homem cínico e defensor do prazer acima de tudo, Dorian é influenciado por uma filosofia hedonista e deseja permanecer jovem para sempre — mesmo que sua alma pague o preço. Milagrosamente, seu desejo se realiza: ele permanece fisicamente inalterado com o passar dos anos, mas o retrato, trancado no sótão, vai revelando as marcas de sua degradação moral.
Análise crítica
Oscar Wilde constrói uma alegoria potente sobre a obsessão pela juventude, a superficialidade da sociedade vitoriana e os efeitos destrutivos da influência corrompedora. Lord Henry, com seus aforismos brilhantes e venenosamente sedutores, representa a tentação intelectual do niilismo estético. Já Dorian, inicialmente ingênuo, torna-se símbolo de uma alma vendida em nome do prazer. O retrato, objeto central da trama, funciona como uma consciência materializada, marcando uma linha tênue entre aparência e essência. A escrita de Wilde é afiada, sarcástica e profundamente elegante, repleta de frases que desafiam convenções morais e sociais. É uma crítica envernizada pela beleza da linguagem.
Conclusão
Mais de um século depois, O Retrato de Dorian Gray continua provocando reflexões sobre o culto à aparência, os limites da ética e os perigos da autossuficiência estética. Trata-se de um romance que dialoga com os excessos do presente tanto quanto com as hipocrisias do passado, sendo ao mesmo tempo uma tragédia moral e um triunfo estilístico.
Para quem é este livro?
- Leitores interessados em clássicos da literatura inglesa
- Quem se atrai por histórias com atmosfera gótica e personagens ambíguos
- Apreciadores de reflexões filosóficas sobre moral, juventude e beleza
- Estudantes e professores de literatura
- Fãs de autores provocativos como Camus, Bukowski ou Chuck Palahniuk
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- O Médico e o Monstro, de Robert Louis Stevenson
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- A Insustentável Leveza do Ser, de Milan Kundera
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E aí?
O Retrato de Dorian Gray é muito mais do que uma crítica à superficialidade: é um espelho desconfortável que nos obriga a olhar para o que escondemos sob nossas máscaras sociais. Um livro que desafia, encanta e assombra — e que merece ser lido com atenção, especialmente num mundo tão obcecado por aparências.
Dê uma pausa e leia com calma
O Retrato de Dorian Gray
Em O Retrato de Dorian Gray, Oscar Wilde constrói uma fábula moral envolvente sobre juventude, beleza e decadência. Um clássico sombrio, provocador e mais atual do que nunca.
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