Persépolis: memória, guerra e identidade em quadrinhos
Introdução
Persépolis, de Marjane Satrapi, é uma das obras mais marcantes da literatura gráfica contemporânea. Publicado originalmente em francês, o livro mistura autobiografia e história para contar a infância e juventude da autora durante e após a Revolução Islâmica no Irã. Com traços simples em preto e branco, a narrativa revela como política, religião, opressão e exílio moldaram sua vida e identidade.
Enredo
O livro acompanha Marjane desde sua infância em uma família progressista em Teerã até sua vida adulta no exílio. Ela testemunha a queda do Xá, a ascensão do regime fundamentalista, a guerra contra o Iraque e as crescentes restrições impostas principalmente às mulheres. Entre repressão, perdas e deslocamentos, a autora busca compreender quem é e onde pertence. A experiência da diáspora, a saudade da família e os conflitos internos tornam Persépolis uma narrativa sobre resistência e sobrevivência cultural.
Análise crítica
O grande mérito de Satrapi está em transformar memórias íntimas em uma obra universal. O contraste entre a dureza dos fatos e a simplicidade dos desenhos intensifica o impacto da leitura. O tom, ao mesmo tempo crítico e irônico, revela as contradições de crescer sob repressão. Além disso, Persépolis é também um relato sobre identidade: ser mulher, iraniana, imigrante e artista em um mundo que insiste em impor estereótipos. A obra rompe fronteiras ao mostrar que, por trás das manchetes de guerra e política, há vidas complexas e profundamente humanas.
Conclusão
Persépolis é muito mais que uma autobiografia em quadrinhos: é um testemunho poderoso sobre memória, opressão e liberdade. A leitura emociona, informa e provoca reflexões sobre pertencimento e identidade, tornando-se essencial para quem busca compreender a experiência do exílio e os efeitos da intolerância política e religiosa.
Para quem é este livro?
- Leitores que gostam de autobiografias e memórias pessoais.
- Quem tem interesse em história contemporânea e Oriente Médio.
- Amantes de quadrinhos e literatura gráfica.
- Quem busca compreender melhor os efeitos do exílio e da repressão cultural.
Outros livros que podem interessar!
- Retalhos, de Craig Thompson.
- Maus, de Art Spiegelman.
- O Árabe do Futuro, de Riad Sattouf.
- Fun Home, de Alison Bechdel.
E aí?
Você já leu Persépolis ou tem curiosidade de conhecer a história de Marjane Satrapi? Compartilhe suas impressões e vamos conversar sobre como memórias pessoais podem iluminar contextos históricos.
Dê uma pausa e leia com calma

Persépolis
Em Persépolis, Marjane Satrapi narra sua infância e juventude durante a Revolução Islâmica no Irã e o exílio na Europa. Um testemunho gráfico que mistura memória, política e identidade em uma narrativa profunda e acessível.
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